É evidente que nem precisaríamos de dados numéricos para nos dar conta da epidemia de obesidade, que é um fenômeno atual. Basta olhar álbuns de fotografia e assistir a filmes antigos para verificar que nas ruas das cidades quase não havia mulheres, e os homens eram magros.
Há 50 anos, eram poucas as mulheres no mercado de trabalho, e a divisão de responsabilidades era clara: ficavam (e ainda ficam, na maioria das sociedades) a seu encargo os cuidados com a casa e a família, já os homens tinham como tarefa central prover o sustento do lar.
Além disso, como as técnicas de produção, armazenamento e distribuição de alimentos eram rudimentares em comparação com as de hoje, a alimentação era proporcionalmente mais cara do que atualmente e consumia boa parte do orçamento doméstico.
Esses fatores, aliados à existência de poucos restaurantes e casas de lanches a preços acessíveis, obrigavam a família a fazer as refeições em casa: arroz, feijão, salada, legumes e um bife pequeno - a base da dieta brasileira.
Ao ir e vir para casa, numa época em que o automóvel era inacessível à classe média e a eletrônica não fazia parte da rotina de ninguém, não havia alternativa senão percorrer longas distâncias a pé, pegar ônibus e bondes, carregar compras e subir escadarias.
O gasto obrigatório de energia na execução dessas tarefas, combinado às refeições, preparadas artesanalmente pela mulher, criava barreiras à disseminação da obesidade.
Não que inexistissem pessoas obesas, mas seu número era limitado aos herdeiros de genes desfavoráveis, capazes de aumentar muito a probabilidade de acumular gordura no corpo.
A partir da segunda metade do século XX, ocorreram mudanças sem paralelo no estilo de vida da população: os habitantes da zona rural migraram em massa para as cidades; as mulheres conquistaram cada vez mais espaço no mercado de trabalho; a eletrônica invadiu o cotidiano; o fluxo de informações adquiriu velocidade vertiginosa, com enorme impacto na divulgação de novos costumes; o automóvel tomou conta das ruas; e os avanços tecnológicos proporcionaram conforto e facilidades diárias jamais sonhadas por nossos avós.
Como conseqüência da fartura e da tecnologia, grande parte das pessoas, em todo o mundo, passou a comer mais e a andar cada vez menos.
Não há exemplo na história de uma época em que tantos tiveram acesso tão fácil a alimentos de alto teor calórico, à custa de tão pouco esforço físico.
Fonte: "Obesidade e Nutrição" (Coleção Dr. Drauzio Varela - Editora Gold)
Há 50 anos, eram poucas as mulheres no mercado de trabalho, e a divisão de responsabilidades era clara: ficavam (e ainda ficam, na maioria das sociedades) a seu encargo os cuidados com a casa e a família, já os homens tinham como tarefa central prover o sustento do lar.
Além disso, como as técnicas de produção, armazenamento e distribuição de alimentos eram rudimentares em comparação com as de hoje, a alimentação era proporcionalmente mais cara do que atualmente e consumia boa parte do orçamento doméstico.
Esses fatores, aliados à existência de poucos restaurantes e casas de lanches a preços acessíveis, obrigavam a família a fazer as refeições em casa: arroz, feijão, salada, legumes e um bife pequeno - a base da dieta brasileira.
Ao ir e vir para casa, numa época em que o automóvel era inacessível à classe média e a eletrônica não fazia parte da rotina de ninguém, não havia alternativa senão percorrer longas distâncias a pé, pegar ônibus e bondes, carregar compras e subir escadarias.
O gasto obrigatório de energia na execução dessas tarefas, combinado às refeições, preparadas artesanalmente pela mulher, criava barreiras à disseminação da obesidade.
Não que inexistissem pessoas obesas, mas seu número era limitado aos herdeiros de genes desfavoráveis, capazes de aumentar muito a probabilidade de acumular gordura no corpo.
A partir da segunda metade do século XX, ocorreram mudanças sem paralelo no estilo de vida da população: os habitantes da zona rural migraram em massa para as cidades; as mulheres conquistaram cada vez mais espaço no mercado de trabalho; a eletrônica invadiu o cotidiano; o fluxo de informações adquiriu velocidade vertiginosa, com enorme impacto na divulgação de novos costumes; o automóvel tomou conta das ruas; e os avanços tecnológicos proporcionaram conforto e facilidades diárias jamais sonhadas por nossos avós.
Como conseqüência da fartura e da tecnologia, grande parte das pessoas, em todo o mundo, passou a comer mais e a andar cada vez menos.
Não há exemplo na história de uma época em que tantos tiveram acesso tão fácil a alimentos de alto teor calórico, à custa de tão pouco esforço físico.
Fonte: "Obesidade e Nutrição" (Coleção Dr. Drauzio Varela - Editora Gold)
Olá, viu o seu blog através de um comentário deixado no blog da Aninha, quero lhe dar os parabéns pela vitória contra a balança e dizer que estou te seguindo.
ResponderExcluirSua história é inspiração para que possamos alcançar a vitória.
Fique com Deus.
Olá! Muito bem vinda ao meu blog e o seu é uma gracinha, parabéns! Aliás, já estou te seguindo... literalmente! Notei que seu peso inicial era idêntico ao meu, e se eu consegui, você também consegue. Tropeçar não é cair... e se cair, levanta, sacode a poeira e s'imbora abafar essa sanfona, rsrs, estou aqui para te ajudar a vencer;)
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