Óleo de cártamo e emagrecimento. Funciona?

Para quem está em busca de uma solução fácil e natural para emagrecimento, esse acelerador metabólico oferece promessas tentadoras. No entanto, seus efeitos não possuem comprovação científica e seu processo pode ser prejudicial à saúde.

Cártamo é uma planta medicinal com alto teor de óleo em suas sementes. Ela passou a ser bastante usada na alimentação, pois seu óleo é um antioxidante natural capaz de acelerar o metabolismo das gorduras, sobretudo na região abdominal. Isso ocorre porque as substâncias desse óleo atuariam obrigando o organismo a usar a gordura acumulada como combustível. Hoje, é possível encontrar o produto em cápsulas, também com a promessa de combater o colesterol ruim (LDL), tratar e prevenir celulites.

A explicação para esses efeitos milagrosos é simples: os nutrientes contidos no óleo de cártamo conseguem inibir uma enzima específica cuja função seria transferir a gordura presente na corrente sangüínea para o interior das células adiposas, responsáveis por armazenar a gordura corporal. Se o óleo de cártamo bloqueia a ação dessa enzima, ele obriga o organismo a usar  o estoque de gordura já existente como fonte de energia.

Essas informações estão disponíveis em qualquer site. Você pode colocar “óleo de cártamo” no Google e aparecerão mil e uma vantagens sobre as cápsulas de cártamo. O que eles não dizem é a realidade: não há estudos suficientes que comprovem a eficiência, e os prejuízos.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enquadra o produto na categoria “Novos Alimentos ou Ingredientes”, com registro obrigatório. Nessa categoria estão alimentos sem tradição de consumo no país, alimentos apresentados nas formas de cápsulas, comprimidos, tabletes e outros similares, por exemplo.

De acordo com a nutricionista Ana Gabriela Zampar, pesquisadora no assunto, é preciso ainda mais estudos para que sejam comprovados os benefícios do óleo de cártamo e descartados os prejuízos à saúde.

“O que se tem analisado é que o processo de “emagrecimento” na verdade é causado por uma redistribuição da gordura corporal, com acúmulo de gordura no fígado (esteatose), prejudicial a saúde”, diz a nutricionista.

Então a gordura realmente desaparece da barriga, mas é possível que você a encontre no fígado. Uma troca saudável? Não.

Enquanto não há comprovação científica sobre o assunto, a recomendação saudável ainda é a mesma: pratique exercícios físicos e uma alimentação balanceada. Ninguém consegue bons resultados sem nenhum esforço.

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Fonte: Divulgação.